quarta-feira, 22 de abril de 2009

saudade, pequenos prazeres & cia.

Gosto de pequenos prazeres. Não só gosto como preciso deles para me manter nos eixos. Frequentar a academia, preparar minha salada com ingredientes mirabolantes, fazer compras no supermercado e ficar horas escolhendo entre um azeite espanhol ou um português, entrar madrugada adentro assistindo meus seriados preferidos com os episódios em sequência, passar horas infindáveis classificando meus arquivos de mp3 e montando minha discoteca, torcer pelo meu time do coração ouvindo os jogos pelo rádio, assistir mesa-redonda de futebol na ESPN Brasil, tomar café sem açúcar e lembrar do cigarro que fumava, passar o dia ouvindo CBN, ir a livrarias e passar horas folheando livros e muitas vezes comprando-os mesmo sabendo que provavelmente nunca irei lê-los, sonhar acordado com futuros que tento prever na minha cabeça. Em um desses sonhos, na verdade na maior parte deles, sonhava dividir meus sonhos, dividir meus projetos, minha casa, minha cama, minha alma... em muitos momentos estive próximo disso, mas o destino – este procrastinador – sempre jogou pra frente a concretização desses sonhos.

Enfim, o maior desses pequenos prazeres era sonhar com a vida com ela. Ainda sonho, mas não mais como um romântico que quer ter a pessoa amada ao seu lado de forma egoísta, objetificando a pessoa como sua propriedade. Simplesmente sonho que um dia, talvez quem sabe, nossos destinos se cruzem novamente. Tenho certeza que esse encontro acontecerá. Não sei quando, não sei como, não sei onde. Mas sei, no fundo do meu coração, que será um encontro de duas pessoas que cresceram, buscaram seus rumos individuais, seus objetivos: será um encontro de duas pessoas crescidas, mudadas, melhoradas. Esse pequeno prazer eu ainda tenho. E nunca vou deixar de tê-lo.

O que posso é desejar boa sorte a ela. Torcer muito para que todos os sonhos dela se realizem. Que ela cresça, me faça crescer também. Ela sabe que eu a amo, sempre amarei, apesar de tudo, apesar da distância, apesar dos destinos não cruzados. 

2 comentários:

fjunior disse...

as coisas findam por tantos motivos e quase sempre estes motivos não os melhores... talvez esta seja uma boa maneira de por termo a algo bom, um bom termo... e, claro, a vida dá voltas... sempre... e isto, as vezes, que torna tudo tao incrível... é o que dá o sabor ao café amargo, a cerveja no beiras ou o gol do flamengo aos 46 do primeiro tempo (ainda, que aos sete do segundo, o cruzeiro empate... ahha)

coelhoraposo disse...

é impressão minha ou tu tinhas ficado de aparecer lá no beiras da asa norte sábado passado?